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Peelings
O peeling químico é um tratamento médico cirúrgico que consiste na aplicação tópica de determinadas substâncias químicas que promovem desde uma descamação superficial da pele até uma necrose da derme com remoção da pele em diferentes graus, visando à recuperação dos tecidos epidérmicos e dérmicos. Essa técnica produz lesão programada e controlada, resultando no rejuvenescimento da pele, na redução de manchas, pigmentação irregular, acne, algumas cicatrizes e envelhecimento cutâneo.

Quando bem indicado o peeling pode promover resultados excepcionais, principalmente em cicatrizes e no fotoenvelhecimento.

Os peelings, pela capacidade de trocar a pele, são utilizados para o tratamento de algumas alterações, como: manchas de sol, do melasma e acne. Ele também é capaz de melhorar as cicatrizes e o envelhecimento da pele, pois renova as células, melhorando a flacidez e rugas.

Os peelings químicos também podem ser feitos no corpo, como: pescoço, colo, braço e mãos, respeitando as restrições e características de cada local. A pele do corpo tem maior dificuldade na cicatrização e podem ocorrer mais complicações. Os peelings são classificados, conforme a sua capacidade de penetração superficial, médio e profundo. Esse critério, porém, não é absoluto, pois o mesmo agente e concentração poderão ser superficiais para uma pele grossa, sem preparo, e médio para uma pele mais fina, muito preparada.

É classificado conforme a sua capacidade de penetração na pele, podendo ser superficial, atendo-se principalmente na esfoliação, com o uso de cremes e géis ou soluções que produzem destruição das camadas mais superficiais da pele; médio, quando atinge a junção derme-epidérmica e profundo, quando atinge a derme reticular.
O pós-peeling, variando segundo a profundidade, cursa com formação de inchaço e crostas que não devem ser retiradas, numa primeira fase, eritema ou vermelhidão após a queda das mesmas, acompanhada da necessidade de uso de antiinflamatórios e bloqueadores solares nesta fase, e uso de despigmentantes numa fase tardia. É importante seguir estritamente as recomendações e orientações médicas no pré e pós peeling.

Peelings superficiais

O peeling vegetal é um método de esfoliação que regenera as células da epiderme, utilizando, exclusivamente, ingredientes naturais. O produto é massageado na região a ser tratada por 20 minutos. Depois, a área é coberta com bandagens oclusivas por 40 minutos. É comum sentir uma leve sensação de ardor seguida de calor, que só será aliviada com a lavagem do rosto. Após o procedimento, a pele fica com uma cor avermelhada, regredindo em sua intensidade no dia seguinte. Uma ligeira esfoliação será iniciada no terceiro dia. O fenômeno estará completo no prazo de 48 a 72 horas. No quinto e sexto dia, a pele ganha uma coloração rosada e um aspecto fino e compacto. É um procedimento que produz intensa vasodilatação local com estímulo e ativação celular que clareia e melhora sensivelmente a qualidade da pele.

Peelings Químicos Superficiais

Age na epiderme, que é a camada mais superficial da pele e não apresenta grandes problemas após sua aplicação. Pode ser realizado com as seguintes substâncias:
Dentre os Peelings superficiais podemos enumerar:
– Ácido Salicílico a 30 % ou 40%
– Ac. Glicólico a 50% ou 70%
– Solução de Jessner
– Acido Tricloroacético (TCA) a 10 % ou 15%
– Ac. Retinóico a 1% a 5%
– Bleach-Pulse Urucum
– Bleach-Pulse Urucum – M
– Body Peel
– Natuclear Doctor
– Cosmelan, dentre outros

Os peelings superficiais, em geral, são realizados com intervalos que variam de uma semana a 15 dias, numa série de 5 a 6 peelings. Eles são aplicados no rosto limpo e desengordurado, e o tempo de permanência depende do tipo de peeling aplicado. Sua indicação é para rugas muito suaves, manchas superficiais da pele, acne leve e fotoenvelhecimento leve.

Todos os peelings necessitam de cuidados pós-peeling (tais como higiene correta e não puxar a pele ou crosta que está soltando) e acompanhamento com uso de medicação adequada. O uso de filtro solar (Bloqueador) após a queda das crostas é fundamental para evitar intercorrências, mas deve-se mesmo proteger a pele evitando a exposição solar ou a outras fontes de Ultravioleta (lâmpadas frias, computadores, TVs, etc.), assim como usar chapéu com abas largas. Informe-se sobre as diferentes.
Peelings Químicos Médios

Os Peelings Médios se caracterizam por remover toda a epiderme até a junção dermo-epidérmica e a derme papilar. Com isto se obtém, além dos estímulos produzidos pelo peeling superficial, uma resposta inflamatória que ativa profundamente os fibroblastos (células que fabricam colágeno). Ao se regenerar as células produzem colágeno e glicosaminoglicans, melhorando a qualidade do tecido e promovendo uma pequena contratura na pele.
Dentre os peelings médios podemos citar os Peelings de TCA quelado a 20% ou 30%, Peeling fenol light, outros peelings combinados como Jessner + TCA a 30% ou o Obagi Blue Peel®.

Após a queda das crostas, que duram em média de uma semana a 10 dias, é necessário o uso constante de bloqueadores solares para evitar a hiperpigmentação pós-inflamatória que pode ocorrer por exposição aos raios Ultravioletas naturais ou de outras fontes, tais como lâmpadas frias e computador. Os cuidados são necessários até o desaparecimento da coloração rósea ou avermelhada da pele nova. Também é fundamental a utilização constante de cremes com ação despigmentante, geralmente prescritos antes e após o peeling.
Peelings Químicos Profundos
Os peelings químicos profundos atingem a derme papilar e reticular superficial. Promovem intensa contratura da pele, sendo indicado no fotoenvelhecimento intenso, onde a pele apresenta rugas muito profundas que não saem com outros procedimentos, rugas da região perioral superior (ao redor da boca) ou nas sequelas de acne.

Dentre aqueles que promovem excelentes resultados temos o Peeling de Profundidade Controlada pelo Método Obagi e o Multipeel (fenol).

O Peeling de Profundidade Controlada pelo Método Obagi é um Peeling de TCA a 50% diluído em uma solução tornando-se uma concentração final de 40%. É realizado sob sedação e analgesia, sendo o paciente liberado para sua residência no mesmo dia, onde deve seguir rigorosamente os cuidados e recomendações médicas. A descamação ocorre em torno de 10 a 14 dias, em média. Depois da formação da pele nova deve-se ter estrito cuidado quanto à exposição solar e o uso de bloqueadores solares são fundamentais nesta fase, assim como o uso de medicação despigmentante.

O Multipeel de Fenol, verdadeira revolução da estética médica, é um peeling de Fenol profundo realizado em técnica aberta. Não é necessária a aplicação de máscaras de esparadrapo. Produz os resultados mais extraordinários a nível de rejuvenescimento da pele. Sua recuperação inicial se dá de sete a dez dias em média. Não há toxicidades para o organismo tais como arritmias cardíacas. É feito sob analgesia e sedação, podendo o paciente ser liberado no mesmo dia. O primeiro curativo ocorre em 48 horas. Após a reepitelização os cuidados para evitar a exposição solar são fundamentais e o uso de bloqueadores físicos é indispensável. Os cremes despigmentantes são reintroduzidos com 30 a 45 dias. O resultado pode ser avaliado em 3 meses, mas é melhor definido com 6 meses.

Todo paciente, mesmo sem história prévia de infecção pelo vírus do herpes, deve ser medicado com antivirais antes da realização de peelings médios ou profundos, que deve ser continuado por dez dias após o procedimento. Isso é necessário devido à grande agressão a qual a pele é exposta, facilitando a proliferação viral.

Indicação

A indicação é a questão mais importante na realização do peeling químico e cabe ao médico, com sua experiência, analisar o tipo de pele, o tipo de lesão e o procedimento a ser utilizado. A pele do rosto, devido à presença maior de folículos sebáceos, se regenera facilmente, pois é destes folículos que vem a regeneração do tecido, agindo como unidades de reserva importante e essencial para a cicatrização.
O paciente, por sua vez, deve entender o processo, conhecer seus passos, limitações, duração da recuperação e ter uma expectativa real do resultado esperado.
Os pacientes de pele clara são os que tem menor risco de hiperpigmentação ou hipopigmentação, mas os de pele morena também podem ser submetidas a esses procedimentos, porém o preparo da pele deve ser mais longo e os cuidados posteriores maiores.

Complicações

A realização do peeling químico está sujeita a complicações, que tendem a aumentar conforme aumenta sua penetração e profundidade. As principais complicações são: eritema, hiper ou hipopigmentação, cicatriz, infecção, prurido e dor. O eritema sempre ocorre no pós-operatório dos peelings devido a fatores como vasodilatação e afinamento da pele, sendo, nesses casos, transitórios.

A hiperpigmentação é decorrente do processo inflamatório causado pela agressão química e ocorre mais frequentemente em pacientes com pele morena. Essa complicação deve ser tratada com clareadores (em geral hidroquinona) e filtro solar, em casa e se necessário, utilização de veiculação de agentes antiinflamatórios em procedimento em consultório.

A infecção está associada com a umidade das crostas e pode ser evitada com o uso de pomadas com antibióticos. A infecção por herpes simples ocorre em pacientes predispostos, devido ao afinamento, inflamação e fragilidade da pele. Todos os pacientes submetidos à peelings médios e profundos devem ser previamente tratados com um antiviral para evitar essa complicação.

O peeling deve ser indicado e realizado pelo médico. Somente o especialista é capaz de escolher o melhor produto químico na concentração adequada e também dominar os efeitos colaterais que possam estar envolvidos. Mesmo no caso dos peelings superficiais é importante avaliar a capacidade de resposta e a cicatrização da pele, além das relações custo – benefício do procedimento em questão.